março 14, 2012

Levanta-te e anda!

Já ouvi e li por várias vezes que em Portugal, e em geral na Europa, lidamos mal com os erros e com os falhanços, razão pela qual a nossa sociedade seria hoje menos dinâmica do que outras.
Não possuo qualquer evidência de que isso seja exactamente assim, mas tenho uma profunda convicção de que existe uma relação, por mais ténue que seja, de causa efeito entre essas duas questões.
Antes de prosseguir com a minha reflexão devo, como ponto prévio, registar que não subscrevo qualquer atitude ou acção desresponsabilizante perante os erros.
Quem age tem de ter a consciência do que faz, das suas implicações e responsabilizar-se pela sua ocorrência.
Temos, pois, que preparar sempre as decisões com rigor, agir com concentração e olhar para os resultados com exigência.
Mas a vida é um exercício de bom senso e quem não tem pecado que atire a primeira pedra.
Somos peritos em dissecar os erros, sobretudo se cometidos por outros, e especialistas em desfazer quem os comete.
Somos rápidos a diminuir quem falha e lestos a expor a suas fraquezas.
Quantos e quantos falhanços não foram etapas de caminhadas para grandes feitos?
Temos de mudar a nossa atitude!
Temos de alterar a forma de encararmos as coisas!
Dos erros podem retirar-se ensinamentos.
Dos falhanços obtem-se experiência.
Quem falha tentou. Contribuiu. Não se demitiu. Pretendeu mais. Almejou melhor.
O medo do erro e o receio do falhanço provocam a paralisia. Fazem com que se escondam os talentos e prejudicam a felicidade do mundo.
Temos, pois, de favorecer um clima social, que não festejando os erros e os falhanços, os olhe sem dramatismos nem sentimentos guerreiros, porque os erros têm um lado positivo.