Somos uma Região que enfrenta dificuldades de
desenvolvimento derivadas da nossa geografia e do atraso social e económico de
que sofríamos quando iniciámos em Portugal a nossa caminhada democrática, que
nos trouxe autonomia para conduzirmos a nossa vida.
O contexto em que nos movemos e os objetivos que temos
determinam em cada momento as nossas prioridades.
Certo é, porém, que sempre baseámos muito o nosso discurso
no tema das ajudas externas ao nosso desenvolvimento e a ele dedicámos muito do
nosso tempo.
Como e em que proporção vai o estado transferir verbas para
a Região?
Como manter um certo nível de compromisso com os EUA, que,
num primeiro momento, garantisse ajuda financeira, e na atualidade, não fizesse
falhar um dado nível de emprego e atividade económica?
Como garantir suporte da UE para o que temos de fazer?
Encontrar respostas para estas perguntas é vital.
Contudo, de um certo ponto de vista, temos baseado o nosso
discurso nas nossas fraquezas para assegurar o financiamento de que
necessitamos.
É minha convicção que devemos redirecionar o modo como
usamos o nosso tempo, procurando colocar os nossos pontos fortes a render. Isso
obriga-nos a olhar para a parte cheia da garrafa e a concentrarmo-nos nela!
O que poderemos ganhar e dar ao mundo com ela?
O que fazer para que ela gere riqueza?
É indispensável sermos mais autónomos, o que significa
sermos capazes de agir sozinhos, sem apoios de terceiros ou do Estado.
Nota: Este artigo foi publicado na edição de 21 de novembro de 2012 do Açoriano Oriental.
Nota: Este artigo foi publicado na edição de 21 de novembro de 2012 do Açoriano Oriental.