Quem frequenta
supermercados habituou-se a ver nas prateleiras do frio umas garrafas
plásticas, primeiro com laranjas espremidas do Algarve e, mais recentemente,
com outros sumos naturais, nomeadamente de maçã.
Alcobaça é conhecida,
entre outras coisas, pelas suas maçãs, cuja produção atravessou uma crise
devido a um desajustamento entre o que pretendia o mercado em termos de
qualidade e preço e o que os produtores lhe eram capazes de entregar.
A solução para este
caso foi duplamente inovadora.
Os produtores não
pediram ao governo que lhes solucionasse o problema. Partiram, antes, à procura
de novos segmentos de mercado, que encontraram, e tornaram-se pioneiros na
utilização de tecnologia, também ela, nova.
Criaram um novo
produto, que facilitou o aproveitamento de toda a fruta e o acesso ao mercado.
A fruta fresca, que
continua, no entanto, a ser a principal fatia do negócio, também beneficiou da
modernização e inovação, que possibilitaram o seguimento da fruta e o seu
rastreio, garantindo a sua qualidade.
De acordo com a
informação que é pública a maçã de Alcobaça voltou a ser um bom negócio e os
produtores que a ela se dedicam têm obtido resultados interessantes.
Eis o exemplo de uma
produção tradicional que se revitalizou e reinventou, à custa do dinamismo,
visão e espírito de iniciativa dos seus produtores, voltando a gerar riqueza. É,
por isso, um caso sobre o qual deveríamos procurar aprender mais.