novembro 11, 2012

Ananás

Quem frequenta supermercados habituou-se a ver nas prateleiras do frio umas garrafas plásticas, primeiro com laranjas espremidas do Algarve e, mais recentemente, com outros sumos naturais, nomeadamente de maçã.
Alcobaça é conhecida, entre outras coisas, pelas suas maçãs, cuja produção atravessou uma crise devido a um desajustamento entre o que pretendia o mercado em termos de qualidade e preço e o que os produtores lhe eram capazes de entregar.
A solução para este caso foi duplamente inovadora.
Os produtores não pediram ao governo que lhes solucionasse o problema. Partiram, antes, à procura de novos segmentos de mercado, que encontraram, e tornaram-se pioneiros na utilização de tecnologia, também ela, nova.
Criaram um novo produto, que facilitou o aproveitamento de toda a fruta e o acesso ao mercado.
A fruta fresca, que continua, no entanto, a ser a principal fatia do negócio, também beneficiou da modernização e inovação, que possibilitaram o seguimento da fruta e o seu rastreio, garantindo a sua qualidade.
De acordo com a informação que é pública a maçã de Alcobaça voltou a ser um bom negócio e os produtores que a ela se dedicam têm obtido resultados interessantes.
Eis o exemplo de uma produção tradicional que se revitalizou e reinventou, à custa do dinamismo, visão e espírito de iniciativa dos seus produtores, voltando a gerar riqueza. É, por isso, um caso sobre o qual deveríamos procurar aprender mais.