setembro 25, 2013

Todos têm de contribuir

As crescentes preocupações com a sustentabilidade têm apoiado a ideia de se privilegiar o consumo das produções locais como forma de defesa das diferentes economias.

A crise que atravessamos tem sublinhado, pelo menos em Portugal, a necessidade de substituirmos importações por produção nacional.

É verdade que, levados à letra e praticados de forma generalizada, os princípios registados acima poderão contribuir para a redução das trocas comerciais entre países, prejudicando, dessa forma, as suas economias.

Entre uma coisa e outra, num ponto diferente do que nos encontramos actualmente, estará o equilíbrio de que necessitamos e para o qual temos de caminhar.

O que há a fazer não é, apenas, tarefa dos consumidores, que têm de abandonar o princípio de que “santos da casa não fazem milagres” e perceber que cá se fazem coisas tão boas como as que importamos.

Os empresários têm, igualmente, de fazer algo a favor dessa caminhada, abandonando a ideia de que os consumidores devem preferir o que é nosso só por isso, produzindo consistentemente a qualidade que é procurada, inovando e seguindo as melhores práticas em termos tecnológicos, de distribuição e de comunicação.

O Estado deve promover a disponibilização de infraestruturas de transporte e de logística que facilitem a circulação e acesso aos bens, para que a oferta existente possa satisfazer a procura onde quer que ela esteja.

De todos se espera que percebam que a nossa sustentabilidade tem um custo, que tem de ser justamente repartido.