agosto 27, 2013

Coesão

O problema a que a Ciência Económica procurar dar resposta é a escassez.

Temos de satisfazer as nossas necessidades, concretizar os nossos legítimos sonhos e as aspirações que nos mobilizam para o desenvolvimento, a partir de recursos que são finitos e que, em muitos casos, não existem abundantemente.

Procurar uma utilização que lhes maximize o resultado é, pois, uma tarefa complexa, dificultada, ainda, por um conjunto de restrições de natureza regulamentar ou que resultam de compromissos que assumimos no quadro da relação que temos com outros agentes económicos.

As circunstâncias dos momentos que vão construindo a caminhada da nossa sociedade constituem-se, igualmente, como factores limitativos das escolhas que fazemos sobre a afectação dos recursos que temos à nossa disposição, sejam eles de que natureza forem.

Mas antes de tudo isso a gestão dos recursos a que poderemos apelar para nos desenvolvermos, ou apenas para sobrevivermos, deve atender a valores de natureza ética que assegurem uma justa e equitativa distribuição da riqueza gerada, acompanhadas de uma solidária e proporcional assumpção dos encargos e dos riscos dos processos de desenvolvimento bem como do funcionamento das sociedades

Isto deve acontecer sempre, sobretudo quando, como agora, as circunstâncias que enquadram a nossa vida só podem ser debeladas com sucesso por sociedades coesas.