Uma vida mais sedentária e um
maior relaxe em termos alimentares fizeram com que fosse ganhando peso, apesar
de algumas dietas temporárias.
Há pouco mais de dois anos achei
que deveria fazer algo para perder peso e para mantê-lo consistentemente a um
nível mais saudável.
Recorri a ajuda externa.
Fui a um Nutricionista, que me
organizou um plano alimentar, prescrevendo que comesse menos, que utilizasse
alimentos diferentes, combinados de uma forma distinta da que habitualmente seguia.
Mandou-me, igualmente, fazer
exercício físico e disse-me que só teria sucesso se me comprometesse seriamente
a cumprir o programa.
Portugal sentou-se à mesa.
Havia dinheiro, o que facilitou
uma menor preocupação em avaliar, tão profundamente como deveríamos, as
consequências das opções que íamos fazendo.
Demos por nós, já obesos, com
dificuldade em respirar.
Recorremos a ajuda externa.
Fomos ao resgate da Troika, que
nos prescreveu austeridade, que é absolutamente necessária. Só poderemos
sobreviver se resistirmos à tentação de viver acima daquilo que permitem os
nossos rendimentos.
Todavia, para assegurarmos a
nossa sobrevivência temos, também, de alimentar o nosso desenvolvimento, mas
investindo os nossos recursos com outros critérios, em outros sectores e à
procura de outros objectivos.
A sobrevivência da sociedade, que
precisamos de garantir, requer, igualmente, que ela seja menos dependente do
Estado, mais dinâmica e inovadora.
É com isto, para que haja
sucesso, que todos temos que nos comprometer.