Aprendi há uns anos que o único recurso em relação ao qual não há ricos nem pobres é o tempo.
Todos nós temos vinte e quatro horas por dia e ninguém consegue ter mais do que isso.
A ambição de retirar desse recurso o maior rendimento possível foi, entre outros factores, causa para carregarmos no acelerador, fazendo o mundo funcionar hoje a uma velocidade alucinante.
Vivemos, em toda a parte, a um ritmo vivo, que requer de nós uma preparação cada vez mais complexa e exigente.
A vontade de fazer mais, de cumprir os objectivos e de chegar antes dos concorrentes, impôs que nos fôssemos aperfeiçoando na arte da gestão do tempo, o que ajudou a desenvolver, em todos os domínios, um conjunto de ferramentas e de técnicas que permitiram aumentar a rapidez de execução das tarefas e a redução dos tempos de espera.
Hoje fazemos uso de uma série de tecnologias e agimos num quadro de conhecimento que tornaram instantâneas, ou quase, muitas das coisas que fazemos, o que desembocou numa gestão do equilíbrio entre o curto prazo e o longo prazo muito mais difícil, dado o nosso crescente interesse pelo imediato.
Tudo isto: a velocidade, a ambição, a competição, o instantâneo e o imediato; no faz perder a noção de que para produzir resultados, pelo menos os que desejamos, é preciso tempo.