Vivemos um tempo onde é fácil expressarmos as nossas
opiniões, o que tem a vantagem de dinamizar um debate que só enriquece e
fortalece a nossa sociedade.
Infelizmente, contudo, a ânsia de partilharmos as nossas
ideias tem prejudicado a nossa capacidade de escutar. Há muita gente a falar e
cada vez menos pessoas a ouvir!
Hoje limito-me a registar um conjunto de informações que fui
lendo nas últimas semanas, com a única pretensão de que cada um as escute e
sobre elas pense.
Em 2014 começaremos a fazer grandes amortizações de empréstimos
que fomos pedindo. Serão €14 mil milhões, nesse ano, €15 mil milhões em 2015 e
em 2016 mais de €20 mil milhões!
O Orçamento de Estado para 2013 prevê que os metros de
Lisboa e do Porto em conjunto gastem €1173 milhões, que é quase tanto como cada
uma das ARS do Norte (€1326) e ARS Lisboa e Vale do Tejo (€1426) gastam.
Os juros da dívida pública que teremos de pagar em 2013 são
€7801milhões.
O Ministério da Saúde concretizou uma reorganização dos
espaços que utilizava, o que permitiu uma poupança de €1,8 milhões. O SNS
custará em 2013, pessoal incluído, €7801 milhões.
Em 1960, 40% dos habitantes de Portugal tinha menos de 25
anos, hoje são só 20%. Nesse ano as pessoas com mais de 65 anos representavam
8% da população, hoje representam 20%. Este ano já emigraram 65000 jovens.
Entrava-se no mercado trabalho, em 1960, aos 17 anos.
Trabalhava-se em média 41anos e vivia-se 2 como reformado. Em 2000, começava-se
a trabalhar aos 21 anos, trabalhava-se 36 e vivia-se uma reforma de 15 anos.
Nos últimos 5 meses o índice de confiança dos empresários
alemães decresceu e está agora no seu nível mais baixo desde Março de 2010.
A reestruturação da dívida portuguesa é uma
inevitabilidade, mas só poderá concretizar-se quando for possível uma
mutualização da dívida a nível europeu, que só tem condições para ocorrer
depois das eleições do próximo ano na Alemanha.
Nota: Este artigo foi publicado na edição de 14 de novembro de 2012 do Açoriano Oriental.
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