As dificuldades dos tempos que
correm colocaram na agenda a questão relativa ao abandono gradual a que fomos
votando os sectores dos chamados bens transaccionáveis e a consequente
incapacidade exportadora da nossa economia.
Ao longo dos anos temos, também, assistido
a permanentes apelos para as empresas portuguesas investirem em países
estrangeiros.
Estes dois movimentos são
essenciais, porque podem permitir o desenvolvimento das empresas do nosso país e
o crescimento da economia para além das limitações impostas pela nossa dimensão.
Apesar de algumas tentativas e de
pouquíssimos exemplos bem sucedidos, as empresas dos
Açores nunca prosseguiram com consistência e persistência, políticas de
expansão da sua actividade para outras geografias.
Razões diversas justificarão esta
espécie de isolacionismo das empresas nossas conterrâneas, mas do meu ponto de
vista o que mais tem contribuído para este resultado é nossa visão muito pouco
confiante nas nossas capacidades.
A necessidade de obtenção de
ajuda externa, em forma de recursos financeiros, para o desenvolvimento da
Região, tornou o nosso discurso muito focado na nossa pequenez, nos nossos
problemas e nas nossas fraquezas.
Isso tornou-nos ainda mais
pequenos e mais fracos!
No quadro das mudanças que temos
de operar para sairmos da crise em que estamos, as nossas empresas tem de
assumir uma postura mais agressiva nesta frente, adoptando com constância
políticas de identificação de oportunidades em mercados externos onde possam
investir.
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