fevereiro 20, 2013

Tudo ao mesmo tempo

Todos, enquanto humanos, procuramos ter um emprego, por razões económicas, é certo, mas também por realização pessoal.
 

Queremos o melhor emprego, isto é, aquele que possibilite a maior remuneração e o menor esforço.

Queremos, igualmente, que as nossas empresas suportem uma parte das nossas reformas e que o Estado que formamos nos garanta assistência na doença e nas alturas más das nossas vidas, nomeadamente quando estamos desempregados.
 
Desejamos, enquanto trabalhadores, férias remuneradas, jornadas de trabalho curtas, mais folgas e uma reforma que chegue cedo.

Mas também somos consumidores, que querem poder comprar tudo a preços baratos, pressionando, dessa forma, as empresas a reduzir custos, o que também chega pela concorrência de empresas de países onde os salários são mais baixos e a protecção social não existe ou é diminuta.

As empresas que nos dão emprego ficam, assim, vulneráveis e, em muitos casos, não sobrevivem.

Afirmamos que a concorrência é desleal, mas compramos!

Há paradigmas da nossa vida sobre os quais temos de reflectir com profundidade, frieza, sem demagogia e sem preconceitos.

Cada um deve retirar as suas conclusões e procurar forma de contribuir para que se mude o que tem de ser mudado.

Se é certo que o mundo é um rolo compressor, que não podemos parar, e nos molda a vida, é, também verdade, que o mundo não será diferente se cada um de nós, individualmente, for hoje igual a ontem.     



Sem comentários:

Enviar um comentário