maio 08, 2013

Perguntas

Há uns anos ouvi a um conferencista que de um gestor não se devem esperar as respostas certas, mas, antes, as perguntas correctas.

Na verdade todos nós procuramos afirmar as nossas respostas, que tentamos defender com vigor, em muitas circunstâncias para as fazer prevalecer sobre as dos outros.

Avisei, logo à minha chegada, que as crónicas por mim assinadas seriam, mesmo quando afirmativas, exercícios de desafio à reflexão individual, que é pressuposto de uma participação frutuosa na sociedade.

Devemos ser, todos, cidadãos inquietos na busca das respostas às interrogações que, incessantemente, a realidade pela qual estamos cercados nos vai colocando, mas também atentos às perguntas dos nossos concidadãos, que o enriquecimento da sociedade requer que abordemos de espírito aberto.

Não sei se “small is beautiful”, mas se somos pequenos, como somos, por que motivo haveremos de querer ser grandes?

Por que razão o nosso objectivo há-de ser, sempre, crescer?

Poderá ser assim eternamente?

Teremos, em Portugal, recursos, que, mesmo bem geridos, suportem uma trajectória de crescimento permanente?

E nos Açores?

É certo que a escala produz economias e, assim, vantagens na competição com outros países e diferentes regiões, mas possuiremos dimensão para ter a escala necessária para dela tirarmos alguma vantagem competitiva?

A nossa pequenez será a nossa fraqueza, ou poderá ser a nossa força?

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