junho 02, 2013

Ocupar o território

Vivemos em estado de necessidade, o que justifica muitas medidas e decisões que têm sido executadas em função do dia de amanhã, porque se nele não conseguirmos respirar, de nada serve pensarmos no longo prazo.

Contudo, pelo menos em alguns casos, um pouco mais de reflexão não gastará muito mais tempo e poderá conduzir a orientações mais estruturadas e consolidadas, que considerem visões mais longínquas no tempo.

Percebe-se que o Estado não possa manter espalhados por toda a parte serviços, que custando a todos não aproveitam a quase ninguém, e cuja dimensão não assegura sequer a qualidade que alguns, como os de saúde, devem ter.

Não se entende, todavia, que eles sejam encerrados apenas com base em critérios de circunstância, não atendendo a uma visão mais duradoura sobre a forma como deveremos utilizar o nosso território, que é um dos mais importantes recursos económicos de que dispomos.

As vias de comunicação e a organização administrativa do Estado estruturam a ocupação do território, mas os serviços do Estado, que servem antes de tudo para que este se desincumba das suas obrigações nas diversas áreas de sua responsabilidade, facilitam-na.

Falta em Portugal uma política de nível nacional que corresponda a uma visão de longo prazo sobre a utilização do território que dê coerência à sua ocupação, promova a sustentabilidade, permita que usufruamos da sua riqueza e que defenda a nossa soberania.

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